Lucio Costa: “Registros de uma vivência”

 

 

A obra autobiográfica, que apresenta a trajetória profissional e o pensamento de um dos maiores arquitetos e urbanistas brasileiros, será relançada pela Editora 34. O lançamento acontecerá no dia 7 de novembro, às 19h, na livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro, com a presença de Maria Elisa Costa.

Publicada originalmente em 1995, “Registro de uma Vivência” é formada de textos críticos e memorialísticos, planos, projetos, fotografias e desenhos especialmente escolhidos e compostos pelo autor.

Esgotada há quase 20 anos, a publicação foi reeditada pela Editora 34 em parceria com Edições Sesc SP, respeitando integralmente o projeto gráfico original, acrescida de uma apresentação de Maria Elisa Costa, filha de Lucio, de um índice onomástico, e de um ensaio de Sophia da Silva Telles, que procura decifrar o sentido da obra deste grande arquiteto e urbanista que foi também um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX.

Registro de uma vivência é o testemunho da figura-chave da arquitetura moderna brasileira.

Com seleção do próprio autor, reúne textos, depoimentos, cartas, desenhos, croquis, projetos e fotografias que cobrem toda a trajetória do autor. Lucio Costa atuou decisivamente na grande revolução cultural que tem início com a Semana de Arte Moderna de 1922, fazendo a ponte entre Le Corbusier, Walter Gropius, Frank Lloyd Wright e Mies van der Rohe, pioneiros que conheceu pessoalmente, e brasileiros em começo de carreira que se agregaram à sua volta como Oscar Niemeyer, Afonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos.

 

Via: Archdaily

Paulo Mendes da Rocha: maior arquiteto brasileiro vivo completa 90 anos de idade

 

O maior arquiteto brasileiro vivo completou no dia 25 de outubro 90 anos de idade. Nascido em Vitória (ES) e formado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, destacou-se muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, 1958. Integra o grupo liderado por Vilanova Artigas constitui a chamada “Escola Paulista” na Arquitetura. São de sua autoria projetos como o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), a reforma da Pinacoteca do Estado e, em conjunto com o filho Pedro, o Museu da Língua Portuguesa, todos em São Paulo. Entre seus trabalhos mais recentes estão o novo Museu dos Coches, em Lisboa (Portugal), aberto ao público em 2015, e o Sesc 24 de Maio, em São Paulo, inaugurado em 2017.

Ele já recebeu o Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-americana em 2000; o Prêmio Pritzker (“o Nobel da Arquitetura”) em 2006; o Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016; o Imperiale Praemium (Prêmio Mundial de Cultura em Memória de Sua Alteza Imperial o Príncipe Takamatsu do Japão), também em 2016; e a Medalha de Ouro Real de 2017 do Royal Institute of British Architects (RIBA). Para a presidente do RIBA, Jane Duncan, Paulo Mendes da Rocha “é um arquiteto de classe mundial e uma verdadeira lenda viva”. Seu trabalho, disse ela, “é altamente incomum em comparação com a maioria dos arquitetos mais famosos do mundo. É um arquiteto com uma incrível reputação internacional, mas quase todas as suas obras-primas são construídas exclusivamente em seu país de origem. Revolucionária e transformadora, a obra de Mendes da Rocha tipifica a arquitetura do Brasil dos anos 50 – concreto cru, robusto e belamente “brutal”.

Sua marca se firmou na “Escola Paulista”, cuja produção se caracteriza pelo emprego “brutalista” do concreto armado, e pela ênfase nas soluções estruturais de grande porte. Apesar de ser considerado discípulo de Artigas – dadas a ascendência ideológica e a maior experiência profissional e pedagógica deste -, é Mendes da Rocha quem primeiro prefigura as características fundamentais dessa “escola”, por meio do Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em 1958. Estruturada em seis enormes pilares de concreto que se afinam ao encontrar o solo, essa obra pioneira antecipa muitas das características da “virada brutalista” ocorrida na carreira de Artigas no ano seguinte.

Para ler a matéria na íntegra, acesse: CAU/BR

MASP celebra 50 anos com série de palestras gratuitas

 

Um dos edifícios mais conhecidos da Avenida Paulista, construído pela arquiteta Lina Bo Bardi, celebra os 50 anos com série de palestras gratuitas.O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, em parceria com  a empresa Goodyear Brasil, promovem o seminário O MASP de Lina: 50 anos do edifício na Avenida Paulista .

O evento, que consiste em uma série de palestras de arquitetos, historiadores e curadores nacionais e estrangeiros, acontecerá no dia 05 de novembro. O objetivo dos profissionais é explorar o caráter coletivo e a fruição pública que definem a arquitetura do MASP, expressando o posicionamento de Lina diante de questões socioculturais e o papel da arquitetura nesse debate.

O Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand (1892-1965), foi dirigido pelo marechal italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999) e teve o projeto arquitetônico e expográfico desenvolvido por Lina Bo Bardi. Primeiramente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, em 1968 o museu foi transferido para a atual sede na Avenida Paulista.

PROGRAMAÇÃO

10h

Introdução

10h10-12h

Marina Grinover | O projeto do MASP: tradução de um ideário de arquitetura e de cidade

Eduardo Rosetti | MASP: o Museu na trajetória de Lina Bo Bardi

Zeuler R. Lima | Reinventando o vazio

Silvio Oksman | Um olhar contemporâneo para o edifício do MASP

12h15-13h15

Conversa com Lucia Guanaes, Luiza Baldan e Nair Benedicto

14h30-16h

Conversa com Marcelo Ferraz, Marcelo Suzuki e Roberto Rochlitz

16h30-18h30

Guilherme Wisnik | Museus sem aura

Barry Bergdoll | O museu na cidade: de templo a catalisador

Olivia de Oliveira | MASP 1968

INSCRIÇÕES

Os ingressos podem ser retirados duas horas antes do início do seminário, na bilheteria do museu. Para receber o certificado, é necessário o cadastro de e-mail, nome completo e a apresentação de um documento oficial no dia do evento. O certificado será enviado posteriormente para o e-mail cadastrado.

Fonte/Foto: Archdaily e MASP.

AO VIVO: Conselheiros realizam 83ª Reunião Plenária do CAU/BR nesta quinta e sexta

 

 

Conselheiros do CAU/BR estarão reunidos em Brasília nos dias 18 e  19 de outubro para a 83ª Reunião Plenária. Na pauta, três processos ético-disciplinares, entre outros assuntos. Acompanhe a transmissão ao vivo, pelo site do CAU/BR.

Confira a pauta completa:

83ª REUNIÃO PLENÁRIA ORDINÁRIA DO CAU/BR

Data: 18 e 19.10.2018 (9h às 18h)

PAUTA

  1. Ordem do dia:

1.2. Projeto de Deliberação Plenária de julgamento, em grau de recurso, do Processo Ético-disciplinar nº 728233/2018 (CAU/SP); (Origem: Comissão de Ética e Disciplina; Relator: conselheiro Matozalém Santana).

1.3. Projeto de Deliberação Plenária de julgamento, em grau de recurso, do Processo Ético-disciplinar nº 366036/2016 (CAU/RJ); (Origem: Comissão de Ética e Disciplina; Relator: conselheiro Nikson Dias).

1.4. Projeto de Deliberação Plenária de julgamento, em grau de recurso, do Processo Ético-disciplinar nº 362057/2016 (CAUSC); (Origem: Comissão de Ética e Disciplina; Relator: conselheiro Matozalém Santana).

1.5. Projeto de Deliberação Plenária que homologa a Reprogramação do Plano de Ação e Orçamento – exercício 2018 do CAU/RJ. (Origem: Comissão de Planejamento e Finanças)

1.6. Projeto de Deliberação Plenária que autoriza o Presidente do CAU/BR a firmar acordo com a Ordem dos Arquitectos de Portugal; (aprovado por meio da deliberação CRI nº 052/2018) (Origem: Comissão de Relações Internacionais).

1.7. Projeto de Deliberação Plenária que aprova alteração no calendário de eventos 2018 do CAU/BR. (Origem: Presidência).

  1. Comunicação das Comissões (5 minutos + 5 minutos)
  2. a) do Colegiado das Entidades Nacionais de Arquitetos e Urbanistas;
  3. b) do Colegiado de Governança do Centro de Serviços Compartilhados;
  4. c) do Colegiado de Governança do Fundo de Apoio;
  5. d) da Ouvidoria;
  6. e) dos coordenadores de comissões; e

I- Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR;

II- Comissão de Ética e Disciplina do CAU/BR;

III- Comissão de Exercício Profissional do CAU/BR;

IV- Comissão de Organização e Administração do CAU/BR;

V- Comissão de Planejamento e Finanças do CAU/BR;

VI- Comissão de Política Profissional do CAU/BR;

VII- Comissão de Política Urbana e Ambiental do CAU/BR;

VIII- Comissão de Relações Internacionais do CAU/BR; e

IX- Comissão Eleitoral Nacional.

  1. f) do presidente.
  2. Comunicados dos conselheiros; (3 minutos + 3 minutos)
  3. Assuntos de interesse geral:
  4. Encerramento.

Obras de Niemeyer e Eero Saarinen recebem fundo internacional da Getty Foundation para preservação

Como parte de sua iniciativa Keeping It Modern, a Getty Foundation anunciou o investimento de US$ 1,7 milhão em um fundo de conservação que será repassado a onze edifícios icônicos do século XX. Incluindo projetos de abrangência local e internacional, como o Gateway Arch de Eero Saarine, em St. Louis, e a Feira Internacional Rashid Karami de Oscar Niemeyer, no Líbano, a organização já apoiou 54 projetos de conservação desde 2014.

Um edifício de particular importância entre os trabalhos selecionados é o da Escola Nacional de Arte de Havana, um dos primeiros grandes projetos culturais a ser construído após a revolução cubana de 1959, fechado há décadas. O subsídio permitirá um estudo detalhado do local, juntamente com oportunidades de treinamento para profissionais de conservação cubanos.

Além disso, os subsídios concedidos para a Feira de Niemeyer permitem que consultores locais e internacionais desenvolvam estratégias para a reutilização adaptativa do complexo modernista. Devastado pela guerra civil do Líbano e assolado por décadas de negligência, o projeto, composto por pavilhões de exposições, teatros, museus e residências, nunca foi totalmente concluído. Através do financiamento, este e o projeto em Havana poderiam ser recuperados como centros culturais contemporâneos.

As bolsas não focam apenas na análise de trabalho de campo, mas também em pesquisas sobre materiais e técnicas para solucionar ou mitigar o desgaste das estruturas. O revestimento de aço inoxidável no Gateway Arch de Eero Saarinen tem propensão a ficar sujo; tal depreciação pode ser evitada por protocolos de preservação de especialistas em conservação. Da mesma forma, o Instituto Salk de Estudos Biológicos projetado por Louis Kahn, recebeu sua segunda concessão para a conservação de sua estrutura em concreto.

“Sempre acreditamos que, para a conservação do patrimônio cultural, é crucial entender primeiro todas as questões antes de qualquer trabalho, e a arquitetura do século XX não é diferente”, disse Antoine Wilmering, diretor sênior do programa da Fundação Getty. “Após cinco anos de financiamento, os resultados do projeto estão começando a ter um impacto coletivo, à medida que mais e mais administradores adotam um planejamento abrangente como a base para a preservação responsável dos edifícios modernos.”

Com o objetivo de orientar o uso sustentável e energeticamente eficiente dos edifícios modernos, abordando os benefícios dos planos de conservação e engajando comunidades para apoiar edifícios modernos, a iniciativa Keeping It Modern continua a orquestrar a manutenção e a preservação do patrimônio arquitetônico moderno.

A lista completa dos edifícios contemplados pelo programa deste ano inclui:

  1. Escola Nacional de Arte de Havana, Cuba (arquitetos: Ricardo Porro, Vittorio Garatti e Roberto Gottardi)
  2. Feira Internacional de Rashid Karami, Trípoli, Líbano(arquiteto: Oscar Niemeyer)
  3. Gateway Arch, St. Louis, EUA (arquiteto: Eero Saarinen)
  4. Museu de História da Bósnia e Herzegovina, Sarajevo (arquitetos: Boris Magaš, Edo Šmidihen, e Radovan Horvat)
  5. Chess Palace and Alpine Club, Tbilisi, Geórgia (arquiteto: Vladimir Aleksi-Meskhishvili e Germane Gudushauri)
  6. Instituto Salk, La Jolla, EUA (arquiteto: Louis Kahn)
  7. St. Brendan’s Community School, Birr, Irlanda (arquitetos: Peter and Mary Doyle)
  8. Auditório da Technische Universiteit Delft, Países Baixos (arquitetos: Johannes van den Broek e Jaap Bakema)
  9. School of Mathematics at the Università degli Studi di Roma, Roma, Itália (arquiteto: Gio Ponti)
  10. Collegi Universitari at the Università degli Studi di Urbino Carlo Bo, Urbino, Itália (arquiteto: Giancarlo De Carlo)
  11. Engineering Building at the University of Leicester, Inglaterra (arquitetos: James Stirling e James Gowan)

 

Mais informações sobre os subsídios da Fundação Getty, aqui.

 

Foto: International Fairgrounds of Tripoli

Via: Archdaily

Telhado do Museu da Língua Portuguesa é reconstruído

 

A obra de reconstrução do telhado, localizado no interior da Estação da Luz, no centro de São Paulo, foi finalizada no dia 18 de julho. O nova estrutura pesa cerca de 4 toneladas e é composta por mais de 89 mil quilos de madeira – certificada da Amazônia – e zinco, importado do Peru.

O projeto de restauro levou quase dois meses para ficar pronto. Além da reconstrução do telhado, foram concluídos o restauro da fachada e das esquadrias e as ações de conservação da ala oeste do Museu.

O edifício foi atingido por um incêndio em dezembro de 2015. Felizmente não sofreu com perdas materiais, porque todo o acervo era virtual. Contudo, segue com as portas fechadas desde o ocorrido. A previsão é de que o prédio seja reaberto no segundo semestre de 2019.

A reconstrução do museu custará em torno de R$60 milhões, parte paga pelo seguro contra incêndio, e parte captada por meio da Lei Rouanet. O espaço será mantido nos conformes, porém com pequenas alterações que visam fazer menção ao evento que destruiu parte do prédio – da mesma maneira que foi feita com o Auditório Simón Bolívar, também destruído por um incêndio.

Fontes: Estadão, G1

Arquitetos brasileiros ganham menção honrosa em concurso internacional, em Nova York

 

Nova Iorque pode ser definida como a cidade símbolo do progresso profissional, dos sonhos, das ambições e inovações. Apesar disso, a cidade que é o oposto da monotonia, ainda lida com a existência de espaços de trabalho repetitivos e maçantes em grande parte de suas edificações. A partir disso, surge o questionamento: estaria a arquitetura em descompasso com a imagem da cidade?  Como lidar com essa contradição?

O concurso “New York Vertical City Pro” organizado pelo Archmedium tinha como objetivo a elaboração de uma nova torre de uso misto em Nova Iorque, que deveria contar com escritórios, moradias temporárias, espaços culturais e de lazer. Os arquitetos deveriam solucionar uma pequena “cidade vertical” do século XXI.

A segregação tradicional dos programas acaba por se tornar questionável dentro de uma realidade em que a monotonia e a repetição colaboram para uma data de validade cada vez mais curta. Hotéis, espaços culturais e de lazer, comércio, trabalho: programas que historicamente coexistem em prédios de uso misto resultando frequentemente no “empilhamento” de zonas programáticas ou até mesmo em sua separação através de volumetrias distintas. Seria esse o máximo que essa tipologia tem a oferecer? O uso misto ganha uma nova escala.

Os programas são fragmentados e intercalados por toda a edificação. O meio virtual é responsável pela conexão e pelo funcionamento coeso dos diversos fragmentos de programa dispersos ao longo dos andares da edificação e também da cidade. A tecnologia nos informa a localização e disponibilidade de cada um dos recursos que compõem o projeto.

Arquitetos

Carol Vasques, Diego Saraiva, Pedro Dal Molin

Localização

New York, NY, Estados Unidos

Ano do projeto

2018

Texto original: Archdaily

CAU/BR lança Comentários ao Código de Ética e Disciplina

 

Quais as obrigações do arquiteto e urbanista para com seu contratante? Como proceder em uma atividade técnica que continua o trabalho realizado por outro colega profissional? É infração oferecer e vender projetos arquitetônicos pela Internet?

O CAU/BR lançou o livro Comentários ao Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil que permite elucidar algumas questões de conduta relacionadas à profissão. O volume, um acoplado de 984 páginas, esclarece e contextualiza as Obrigações e Regras inscritas no documento original – Código de Ética e Disciplina do Arquiteto e Urbanista.

Produzido pelo CAU/BR, o volume foi redigido pelo arquiteto e urbanista João Honorio de Mello Filho, autor do primeiro documento básico que sistematizou o Código de Ética, aprovado em setembro de 2013.

Para mais informações, clique aqui.