“O segredo do sucesso não é prever o futuro, mas preparar-se para o futuro que não pode ser previsto”, com está linha de pensamento o CAU/BR traça as estratégias para a melhoria da atuação institucional.
Brasília/DF – Definir estratégias dos Conselhos de Arquiteturas espalhados no Brasil até 2023 é o objetivo da Oficina de Estratégias que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) realizou neste sábado (10), em Brasília. As regionais encontraram-se para traçar as linhas de atuação em todo o País. A “Oficina de Planejamento Estratégico – construção de cenários futuros”, traz a panorâmica dos meios sociais e as tendências exploradas pela sociedade no contexto histórico, político, social e tecnológico.
As linhas de abordagens acompanham a pergunta: Como o futuro pode se compor até 2023? Dentro da análise que cada CAU/UF contribuiu para o Planejamento Estratégico estão: análise de contexto de negócios; Exploração de oportunidades; Formação da estratégia; e, por último, Planejamento e execução.
Outras abordagens destacadas no encontro estão as análises de organização interna, redefinição da missão institucional, e a implantação do Plano Diretor da Tecnologia da Informação, este último, ainda será implantado este ano por ser a base da premissa de atuação do CAU no Brasil.
O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima (CAU/RR), Pedro Hees, e o conselheiro federal Luiz Afonso Maciel, participaram das mesas de debates. Ambos discutiram com outros estados as tendências apresentadas pela empresa contratada para dirigir o encontro, no sentido da apresentação das tendências mundiais.
“O momento é adequado para discutir e planejar o que nossas instituições pretendem para os próximos anos, uma vez que estamos no caminho certo para otimizar os serviços. Acredito que a adoção das novas tecnologias que se apresentam podem e devem fazer parte deste momento de construção”, destacou Hees.
O conselheiro federal, Luiz Maciel, disse que a sociedade precisa entender o papel do arquiteto, do planejamento. Para ele, discutir neste momento é contemplar estratégias para que o CAU possa, de uma forma contundente, descobrir formas de que as cidade adotem conceitos modernos e com tecnologia de ponta, visualizando o conforto e a sustentabilidade.
Em se tratando do cenário político, a oficina trouxe à discussão o envelhecimento mundial da população – certeza de pesquisas e de futuro. Um outro fator que atormenta o mundo é a incerteza da crise econômica da Europa, pois ainda não se sabe o que pode afetar, por exemplo, o futuro da arquitetura e urbanismo.
As fontes de abordagens foram extraídas de pesquisadas da: Harvard Bussines, Asbea, IAB, Riba, Banco Central, IBGE, FGV, Folha de São Paulo, Valor Econômica, entre outras.
Temas e Tendências
No evento foram apresentadas as linhas e tendências do cenário mundial, tais como:
Na política:
a) Conflitos do Oriente Médio – aumento do número de conflitos. Síria, Iraque, diversos novos governos na região. No Brasil – paralisia na agenda de reformas. Continuidade do capitalismo de estado – período de 2003 – 2010. Má locação dos gastos públicos – avanço arrecadação (tecnologia), controle e gastos não dão conta. Aumento das parcerias públicas privadas (PPPs). Regulamentação rigorosas dos projetos e construções. Aumento da classe média até 2030 – metade da população mundial vai ascender para a classe média brasileira (mais jovens e mais alta escolaridade – consumidores mais exigentes). Apagão de mão-de-obra qualificada. Crescimento das redes sociais (globalização e inserção institucional no mercado mundial). Aumento da urbanização – mobilidade urbana e planejamento urbano.
b) Repensar as cidades inteligentes, sustentáveis e humanas. Cidade Criativas.
c) Tendência econômica – fortalecimento dos países emergentes – a américa latina está crescendo nos últimos anos a níveis superiores, entretanto em patamar inferior dos países asiáticos.
d) Novo bloco de crescimento dos países emergentes (MIST – México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia)
e) A crise econômica ainda perdura nos países desenvolvidos;
f) Mudanças estruturais causam a desaceleração do crescimento Chinês;
g) Redução a expectativa de crescimento do PIB brasileiro;
h) O Brasil possui a carga tributária mais alta dos países emergentes, consumindo até 40% do salário;
i) Baixa produtividade do trabalhador.
Na área da Tecnologia:
a) Hiperconectividade (veículos, geladeiras, Smartv, trânsito) – Big Data;
b) Aumento das compras on-line;
c) Nano – Coating – contato que permite a interatividade com as construções;
d) Robôs na construção civil
e) Bioconcreto – bactérias para minimizar impactos e rachaduras;
f) Tecnologias de Pré-moldados;
g) Dificuldades dos Parques Tecnológicos;
h) Tecnologia de Fiscalização – (VANT – veículo aéreo não tripulado);
i) Tecnologia digital para cadastro;
j) Energias alternativas;
k) Restrições ao uso de veículos (pedágio urbano – trânsito);
l) Bairros Ecológicos;
m) Construções de edifícios sustentáveis/ inteligentes.