Nova Iorque pode ser definida como a cidade símbolo do progresso profissional, dos sonhos, das ambições e inovações. Apesar disso, a cidade que é o oposto da monotonia, ainda lida com a existência de espaços de trabalho repetitivos e maçantes em grande parte de suas edificações. A partir disso, surge o questionamento: estaria a arquitetura em descompasso com a imagem da cidade? Como lidar com essa contradição?
O concurso “New York Vertical City Pro” organizado pelo Archmedium tinha como objetivo a elaboração de uma nova torre de uso misto em Nova Iorque, que deveria contar com escritórios, moradias temporárias, espaços culturais e de lazer. Os arquitetos deveriam solucionar uma pequena “cidade vertical” do século XXI.
A segregação tradicional dos programas acaba por se tornar questionável dentro de uma realidade em que a monotonia e a repetição colaboram para uma data de validade cada vez mais curta. Hotéis, espaços culturais e de lazer, comércio, trabalho: programas que historicamente coexistem em prédios de uso misto resultando frequentemente no “empilhamento” de zonas programáticas ou até mesmo em sua separação através de volumetrias distintas. Seria esse o máximo que essa tipologia tem a oferecer? O uso misto ganha uma nova escala.
Os programas são fragmentados e intercalados por toda a edificação. O meio virtual é responsável pela conexão e pelo funcionamento coeso dos diversos fragmentos de programa dispersos ao longo dos andares da edificação e também da cidade. A tecnologia nos informa a localização e disponibilidade de cada um dos recursos que compõem o projeto.
Arquitetos
Carol Vasques, Diego Saraiva, Pedro Dal Molin
Localização
New York, NY, Estados Unidos
Ano do projeto
2018
Texto original: Archdaily