Exposição em Nova York resgata obras de Roberto Burle Marx

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22 anos após o falecimento de um dos mais renomados arquiteto-paisagistas brasileiros, Roberto Burle Marx, o museu nova-iorquino The Jewish Museum está realizando uma retrospectiva de todas as obras do modernista, que se estendem em mais de 150, indo desde pinturas, esculturas, cenários e joias. A exposição se estende até o dia 18 de setembro e depois poderá ser novamente visitada em 2017, mas em novos destinos: Berlim e Rio de Janeiro – mais especificamente no Museu de Arte do Rio de Janeiro-.

Nascido em São Paulo, Roberto chamou de lar diversas cidades. Filho de  Cecília Burle e Wilhelm Marx, o arquiteto se mudou com a família para o Rio de Janeiro após os negócios na capital paulista começaram a dar errado. 10 anos depois da sua primeira mudança, Roberto descobriu um problema de visão e se viu obrigado a mudar com a família para a Alemanha.

Em terras europeias Burle Marx teve seu primeiro contato com as vanguardas artísticas. Fascinado pelas obras de Pablo Picasso, Vicent Van Gogh entre outros artistas, o paulista decidiu seguir a carreira de pintor. De volta ao Rio, na década de 30, o arquiteto ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, lugar que desabrochou o paisagista excepcional que era.

Em meio ao modernismo dos anos 30, o contemporâneo de Oscar Niemeyer gostava de colocar o abstrato e utilizar a flora nacional em seus projetos, que totalizam dois mil jardins, além de pinturas, esculturas e joias. Na exposição Roberto Burle Marx: Brazilian Modernist pode ser explorado e analisado todas as facetas do artista, que acreditava que o paisagismo era um mecanismo para recuperar o Éden perdido.

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