Gestão e Técnica: Um olhar para a rugosidade do território

No último dia 09 de abril, no Ministério do Desenvolvimento Regional, o CAU/BR representado pelo Presidente, pelos Conselheiros Federais que compõe a Comissão de Políticas Urbanas e Ambientais e pela representante do CEAU; esteve reunido com o Ministro Gustavo Canuto, com o Secretário Nacional de Habitação Celso Matsuda e a Secretária Regional de Desenvolvimento Urbano a Arquiteta e Urbanista Adriana Melo. No encontro, discutiu-se o futuro das nossas cidades, para levar a quem está gerindo a pasta o olhar técnico com a ótica social, com o apelo ao cidadão e não apenas o econômico.

Nikson Dias, Conselheiro Federal do CAU/BR pelo estado de Roraima.
Nikson Dias, Conselheiro Federal do CAU/BR pelo estado de Roraima.

Nesta reunião, alinhados CAU/BR e Governo Federal, firmaram o compromisso de olhar a cidade não só por números, mas pelo cidadão. Olhar a habitação de interesse social não como plano de negócio, mas como melhoria da qualidade de vida das pessoas. Olhar a os espaços urbanos considerando toda sua rugosidade, suas dificuldades, suas mazelas e suas deficiências.

Gestão e técnica jamais foram tão requisitadas como nesse momento em que o país se encontra. Estamos na travessia de uma crise sem precedentes, que trespassam os víeis econômicos, e executar o planejado

tornou se imprescindível. Outrossim, planejar de forma equivocada, é luxo que jamais tivemos, nesse momento, inadmissível, assim o CAU, com sua capilaridade, corpo técnico de mais de 160 mil profissionais e expertises cumulada em todas as regiões do país se colocou a disposição, para em cada região, cada estado, cada cidade levar assistência técnica de qualidade.

Ponto base, não se trata mais em quantidade, mas em qualidade, a foco saiu da unidade habitacional individual e passou para a cidade, afinal precisamos não só de moradia, mas de educação, saúde e lazer, precisamos de cidades acolhedoras, seguras e humanas.

Duas leis se sobressaiu nas discussões, a lei da assistência técnica e a obrigatoriedade dos Planos Diretores. A primeira a ser explorada, a exemplo a destinação de 2% do orçamento do CAU para aplicação com projetos com esse foco, a segunda, uma grande ferramenta que por vezes seu uso deturpado e transformado em produto de prateleira, é necessário disseminar a cultura e a importância do Plano Diretor para cada município, mas não só um caderno de regramentos mas uma perspectiva para a cidade que queremos, com crescimento sustentável e olhar humanizado.

Ferramentas não nos faltam, técnicas foram apresentadas, cases de sucesso já é sabido, nos resta planejar, aplicar e executar. Parceria feita, avante Arquitetos do Brasil!

Por Nikson Dias, Conselheiro Federal do CAU/BR pelo estado de Roraima.

I Encontro Nacional da Comissão de Políticas Urbanas e Ambiental do CAU/BR

Conselheiro Estadual Max Weber e Conselheiro Federal Nikson Dias.

 

I Encontro Nacional da Comissão de Políticas Urbanas e Ambiental do CAU/BR, está reunindo hoje arquitetos e urbanista de todo o Brasil com foco no Desenvolvimento Regional e Urbano, discussões sobre ODS-Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e como incorporá-los nas Políticas Urbanas, ações e projetos de planejamento urbano. O encontro conta ainda com a participação da Arquiteta Adriana Melo Secretária Regional e Urbano do Ministério de Desenvolvimento Regional, do Conselheiro Max Weber do CAU/RR e do Conselheiro Federal Nikson Dias do CAU/BR.

PAUTA

Abertura
● Luciano Guimarães (Presidente CAU-BR)
● Josélia Alves (CPUA/CAU-BR)

Palestra Desenvolvimento Regional e Urbano
● Adriana Melo, Secretária de Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério de Desenvolvimento Regional

Mesa Redonda: ODS Como incorporá-los nas Políticas Urbanas?
● Rodrigo Nunes, Gerente de Indicadores da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – A experiência da Prefeitura de Belo Horizonte/MG com os ODS
● Daphne Costa Besen, Analista de Programas da ONU-Habitat – ODS e a Nova Agenda Urbana
● Nádia Somekh, Conselheira Federal (SP) – Nova Agenda Urbana no UIA 2020
Mediadora Conselheira Patrícia Luz

Ações e Projetos das CPUAs
● Apresentação da CPUA-CAU/BR
● Apresentação das CPUAs-CAU/UFs (10 min. cada – 15 UFs)
Mediador Conselheiro Wilson de Andrade

Próximos passos: Agenda Conjunta
● Definição de temas prioritários;
● Definição do Próximo encontro / Evento
Mediador Conselheiro Nikson Dias

Hotel Mercure Líder (SHN Q. 5 Bl. 1 – Asa Norte), Brasília-DF, no dia 10 de abril de 2019.

Roraima está na diretoria executiva do CAU/BR

Nova diretoria executiva do CAU/BR foi eleita.

 

O Plenário do CAU/BR aprovou a nova composição das comissões temáticas que tratam dos principais assuntos relacionadas com o exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Os 27 conselheiros federais – menos o presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães – se organizaram em 12 comissões para realizar os trabalhos propostos no Plano de Ação do CAU 2019. Essa composição das comissões muda a cada ano, de acordo com o Regimento Geral do CAU/BR.

Foram ainda eleitos os novos vice-presidentes do CAU/BR, com mandato de um ano. A 1ª vice-presidente é a conselheira federal Lana Jubé (GO), coordenadora da Comissão de Exercício Profissional, e o 2º vice-presidente é Wilson de Andrade (MT), coordenador da Comissão de Planejamento e Finanças. Eles e os demais coordenadores das comissões ordinárias – Nikson de Oliveira (RR), Andrea Vilela (IES) e Jose Antonio Assis Godoy (MG) – formam o Conselho Diretor do CAU/BR, que se reúne para definir a pauta das Reuniões Plenárias.

O CAU/BR possui cinco comissões ordinárias, que se reúnem mensalmente para tratar dos seguintes assuntos: Ética e Disciplina, Ensino e Formação, Exercício Profissional, Planejamento e Finanças e Organização e Administração. E mais quatro comissões especiais: Política Profissional, Política Urbana e Ambiental, Relações Internacionais e Eleitoral Nacional. E foram criadas mais três comissões temporárias: Fiscalização, Registro e Harmonização.

 

Roraima está na diretoria executiva

Conforme o Regimento Interno do CAU/BR preconiza, todo início de ano são recomposto as comissões para otimizar o trabalho dos arquitetos e Urbanistas. O conselheiro federal por Roraima, Nikson Dias, já fazia parte da Comissão de Ética e Disciplina em 2018 e, também, da Comissão de Planejamento Urbano e Ambiental como adjunto de ambas, agora foi reconduzido como titular.

 

Nikon Dias, conselheiro federal de arquitetura e urbanismo por Roraima.

Confira a entrevista:

“Fui eleito como coordenador em razão do trabalho legal que a gente acabou desenvolvendo aqui em Brasília e no Brasil. Vou prosseguir com ideias para as duas comissões dando continuidade ao trabalho que a gente se desenvolveu durante 2018”, disse.

Nikson também foi convocado para participar e integrar o Conselho Diretor do CAU/BR. “O conselho diretor administra junto com a presidência, além de poder trabalhar no planejamento Urbano, Éticas e Disciplina, trabalha na cooperação da gestão do Brasil. Espero poder continuar cooperando no reconhecimento do arquiteto e urbanista no mercado de trabalho”, ressaltou.

Arquitetos apostam em políticas públicas para contribuir com conforto

 

Para mostrar a toda sociedade brasileira a importância do trabalho do arquiteto e urbanista, o tema da campanha do CAU/BR comemorativa do Dia Nacional desses profissionais em 2018 é “Arquitetura e Urbanismo fazem Diferença. E tornam a vida mais feliz”.

O conceito da campanha busca relacionar arquitetura e urbanismo com felicidade, autoestima, bem-estar e saúde, conforme explica o presidente do CAU/RR, Jorge Romano, pois  o projeto bem planejado e executado interpreta os sonhos do cliente.

“Saber o jeito, as cores, as formas do gosto do cliente é estudar a particularidade da pessoa para se aproximar do ambiente aconchegante, feito especialmente para ele. É aí onde nos deparamos com o conceito do prazer e da alegria. Após o dia exaustivo de trabalho  ele vai voltar pra casa, então nessa ótica, não só é o lugar de morar, mas o lugar da sua vida, do descanso com toda a infraestrutura adequada e interessantes”, descreveu Romano.

O presidente lembrou que não só as edificações trazem o conforto necessário, mas o urbanismo bem projetado, com calçadas para o trânsito de pessoas,  sem barreiras, trazem o conceito de cidade inclusiva, onde a preocupação principal é a acessibilidade e mobilidade urbana, o que inclui a paisagem arquitetônica e o conjunto harmônico de estruturas.

“Muitas vezes o trabalho do arquiteto não precisa ser grande, basta a intervenção pequena numa casa e detectar problemas relacionados à saúde do ambiente. Implementar ajustes para gerar, por exemplo, luz, mais ventilação, deixá-lo mais salubre possível e que passe a proporcionar saúde àqueles que ocupam o lugar”, disse.

 

Durante o ano de 2018 muitas conquistas relacionadas à profissão ocorreram em razão da atuação do Conselho junto ao Congresso, por entendimento que, para atender de forma eficaz concretizar o bem-estar das pessoas, são necessárias políticas públicas que precisam ser ajustadas e implantadas. O conselheiro federal por Roraima, Nikson Dias, ressaltou o que o CAU Brasil tem buscado esses propósitos nas mais diversas vertentes de atuação.

“Este ano fizemos vários projetos e seminários alusivos ao patrimônio histórico e promoção da Assistência Técnica gratuita para a população carente, por isso dedicamos 2% do orçamento do CAU à implementação dessa política de Habitação de Interesse Social (Athis) à política de reforma com arquiteto. Buscamos fortalecer a contratação de arquitetos em todas as prefeituras, auxiliando a administração municipal na participação do projeto de implementação BIM – modelagem da informação da construção que é o novo conceito quando se trata de projetos”, disse o conselheiro federal.  

Outra ação foi buscar junto à administração o incentivo aos concursos públicos de projetos, como também a implantação da plataforma on-line “Ache um Arquiteto”, como forma de incentivar a valorização da categoria e facilitar a busca pelo profissional que atenda às necessidades da população, entre muitas outras ações de convênios, articulações com a Câmara, Congresso e Senado Federal.

“Ganhamos recentemente o direito de somente arquitetos poderem assinar projetos para Justiça Federal, com licitação. Para essas obras é obrigatório assinatura dos projetos”, comemorou.

Palestra Interesse Social

Como parte da comemoração do Dia do Arquiteto e Urbanismo o CAU/RR vai promover dia 14, à partir das 14h a palestra Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (Athis), no auditório do Sebrae/RR, São Francisco (antigo prédio do Ideias e Negócios – próximo à maternidade). A analista de fiscalização do  CAU/RR, Lívia Dourado, explicou as três esferas de atuação que podem ser desenvolvidas com o projeto.

“Para funcionar na totalidade ela precisa de quatro vertentes de participação: Poder Público, Universidades, Entidades Profissionais e Movimentos Sociais. Foi por isso que se pensou no seminário para falar como cada vertente pode ser desenvolvida. Também é uma forma de mostrar aos profissionais o modo de como atuar nessa área. Em Roraima ainda não há essa aplicação, vai ser uma oportunidade. Vale dizer que o  CAU/RR já iniciou um levantamento e preparou o diagnóstico sobre o Athis de atuação no município de Mucajaí. Esperamos efetivar o projeto em 2019”, disse Lívia.

As inscrições para a palestra são gratuitas e podem ser feitas na hora. Mais informações no 3224-2967 e 98115-0016, das 7h30 às 13h.

Projeto vai ajudar nas habitações de interesse social com piloto em Mucajaí

A agente de fiscalização Lívia Dourado em visitas técnicas

 

A partir de 2019 o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima (CAU/RR), vai a campo mapear e oferecer meios para implantação de oferta de assistência técnica gratuita às famílias com renda de até três salários mínimos que, de alguma, forma estejam ou pretendam reformar casas. A proposta faz parte da política púbica adotada pelo Conselho em todo o Brasil, conforme a Lei Nº 11.888/2008 que garante a famílias de baixa renda o acesso gratuito ao trabalho técnico de profissionais especializados.

O novo projeto Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) do CAU/RR já começou pelo mapeamento de 13 das 14 cidades do interior de Roraima como Rorainópolis, Alto Alegre e Mucajaí, esta última escolhida para desenvolver o projeto piloto. O município escolhido tem área de 12.751 km² e está a 58 km distância da capital Boa Vista.

As visitas foram feitas para diagnosticar a viabilidade do ATHIS e descobrir que tipo de projeto poderia ser aplicado. Com relatórios prontos, agora será a vez de articular com a Universidade Federal de Roraima (UFRR), Engenheiros sem Fronteiras, Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB/RR) e prefeituras. A Gerente geral do CAU/RR, a arquiteta Ingrid Souza, disse que tudo está encaminhado.

“Vamos fomentar recursos das prefeituras, pois muitas vezes eles não têm projetos prontos para atender essa demanda carente. A ideia é preparar uma minuta de projeto de lei para que o ATHIS possa ser implementado no município, o que será feito via presidência do CAU/RR e prefeitos. A fiscalização do CAU/RR vai coordenar o projeto juntamente com outros parceiros. Quando o plano piloto der certo, vamos estender para os outros municípios”, disse Ingrid.

O projeto visa promover melhor qualidade de vida aos moradores do interior do estado de Roraima, oferecendo projetos de reformas às edificações, frutos de autoconstrução, onde a mão-de-obra voluntária será empregada através de convênio com entidades. Ao final, com o levantamento dos contemplados, cada Prefeitura implementará o benefício.

 

 

Fases de implementação do ATHIS CAU/RR

1) Fiscalização no interior do estado de Roraima, nos 14 municípios, a fim de realização de levantamento de demanda (em processo);

2) Realização de relatório detalhado, inclusive com Relatório fotográfico, e atestado de munícipe, informando de não ser contemplado pela Assistência Técnica (em processo);

3) Encaminhamento via ofício, para cada prefeito, da sugestão de Proposta de Projeto de Assistência Técnica, a ser implementada, prazo de 10 dias úteis para retorno positivo;

4) A partir do retorno positivo, o CAU/RR deverá se comprometer a instruir as prefeituras na elaboração e aplicação do(s) projeto(s) de Assistência Técnica voltado para as áreas de competência.

 

Diagnóstico confirma que cidades de Roraima praticam autoconstrução

Entre as inúmeras atribuições do arquiteto e urbanista está aquela de considerar o programa de necessidade individualizado, associando-o a critérios fundamentais como aproveitamento de recursos naturais tornando a vida das pessoas mais agradável por meio da concretização do sonho da casa própria adequada.

Pesquisas revelam que mais de 85% dos brasileiros constroem e reformam sem orientação de arquitetos e urbanistas ou afins. Esse número foi levantado a partir da pesquisa realizada pelo CAU/BR e pelo Instituto DataFolha, em 2015.

Um diagnóstico feito pela fiscalização do CAU/RR, que teve início em agosto deste ano, foi detectado que a maioria das pessoas nos municípios adotam a autoconstrução, prática que desperdiça material, tempo e dinheiro. Segundo a analista de fiscalização do CAU/RR, Lívia Dourado, nas entrevistas que conseguiu no interior, muitos alegam a falta de dinheiro para contratar profissionais do mercado e principalmente a ausência da oferta desse tipo de serviço.

“Sabemos que o mais importante nesse caso é o custo-benefício. O grande problema da autoconstrução é a falta de atenção para detalhes importantíssimos que diminuiriam o custo de vida a longo prazo, como o conforto ambiental, ou seja, aproveitamento de iluminação e ventilação natural, principalmente quando se fala de construir em Roraima, localizado numa região onde há predominância de calor”, defendeu Lívia.

Segundo a analista, o ATHIS vai introduzir e estreitar o relacionamento entre profissional de arquitetura e urbanismo e população carente, dando acesso às melhores práticas para que tenham habitação adequada e realmente habitável.

 

Lucio Costa: “Registros de uma vivência”

 

 

A obra autobiográfica, que apresenta a trajetória profissional e o pensamento de um dos maiores arquitetos e urbanistas brasileiros, será relançada pela Editora 34. O lançamento acontecerá no dia 7 de novembro, às 19h, na livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro, com a presença de Maria Elisa Costa.

Publicada originalmente em 1995, “Registro de uma Vivência” é formada de textos críticos e memorialísticos, planos, projetos, fotografias e desenhos especialmente escolhidos e compostos pelo autor.

Esgotada há quase 20 anos, a publicação foi reeditada pela Editora 34 em parceria com Edições Sesc SP, respeitando integralmente o projeto gráfico original, acrescida de uma apresentação de Maria Elisa Costa, filha de Lucio, de um índice onomástico, e de um ensaio de Sophia da Silva Telles, que procura decifrar o sentido da obra deste grande arquiteto e urbanista que foi também um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX.

Registro de uma vivência é o testemunho da figura-chave da arquitetura moderna brasileira.

Com seleção do próprio autor, reúne textos, depoimentos, cartas, desenhos, croquis, projetos e fotografias que cobrem toda a trajetória do autor. Lucio Costa atuou decisivamente na grande revolução cultural que tem início com a Semana de Arte Moderna de 1922, fazendo a ponte entre Le Corbusier, Walter Gropius, Frank Lloyd Wright e Mies van der Rohe, pioneiros que conheceu pessoalmente, e brasileiros em começo de carreira que se agregaram à sua volta como Oscar Niemeyer, Afonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos.

 

Via: Archdaily

Paulo Mendes da Rocha: maior arquiteto brasileiro vivo completa 90 anos de idade

 

O maior arquiteto brasileiro vivo completou no dia 25 de outubro 90 anos de idade. Nascido em Vitória (ES) e formado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, destacou-se muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, 1958. Integra o grupo liderado por Vilanova Artigas constitui a chamada “Escola Paulista” na Arquitetura. São de sua autoria projetos como o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), a reforma da Pinacoteca do Estado e, em conjunto com o filho Pedro, o Museu da Língua Portuguesa, todos em São Paulo. Entre seus trabalhos mais recentes estão o novo Museu dos Coches, em Lisboa (Portugal), aberto ao público em 2015, e o Sesc 24 de Maio, em São Paulo, inaugurado em 2017.

Ele já recebeu o Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-americana em 2000; o Prêmio Pritzker (“o Nobel da Arquitetura”) em 2006; o Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016; o Imperiale Praemium (Prêmio Mundial de Cultura em Memória de Sua Alteza Imperial o Príncipe Takamatsu do Japão), também em 2016; e a Medalha de Ouro Real de 2017 do Royal Institute of British Architects (RIBA). Para a presidente do RIBA, Jane Duncan, Paulo Mendes da Rocha “é um arquiteto de classe mundial e uma verdadeira lenda viva”. Seu trabalho, disse ela, “é altamente incomum em comparação com a maioria dos arquitetos mais famosos do mundo. É um arquiteto com uma incrível reputação internacional, mas quase todas as suas obras-primas são construídas exclusivamente em seu país de origem. Revolucionária e transformadora, a obra de Mendes da Rocha tipifica a arquitetura do Brasil dos anos 50 – concreto cru, robusto e belamente “brutal”.

Sua marca se firmou na “Escola Paulista”, cuja produção se caracteriza pelo emprego “brutalista” do concreto armado, e pela ênfase nas soluções estruturais de grande porte. Apesar de ser considerado discípulo de Artigas – dadas a ascendência ideológica e a maior experiência profissional e pedagógica deste -, é Mendes da Rocha quem primeiro prefigura as características fundamentais dessa “escola”, por meio do Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em 1958. Estruturada em seis enormes pilares de concreto que se afinam ao encontrar o solo, essa obra pioneira antecipa muitas das características da “virada brutalista” ocorrida na carreira de Artigas no ano seguinte.

Para ler a matéria na íntegra, acesse: CAU/BR

MASP celebra 50 anos com série de palestras gratuitas

 

Um dos edifícios mais conhecidos da Avenida Paulista, construído pela arquiteta Lina Bo Bardi, celebra os 50 anos com série de palestras gratuitas.O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, em parceria com  a empresa Goodyear Brasil, promovem o seminário O MASP de Lina: 50 anos do edifício na Avenida Paulista .

O evento, que consiste em uma série de palestras de arquitetos, historiadores e curadores nacionais e estrangeiros, acontecerá no dia 05 de novembro. O objetivo dos profissionais é explorar o caráter coletivo e a fruição pública que definem a arquitetura do MASP, expressando o posicionamento de Lina diante de questões socioculturais e o papel da arquitetura nesse debate.

O Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand (1892-1965), foi dirigido pelo marechal italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999) e teve o projeto arquitetônico e expográfico desenvolvido por Lina Bo Bardi. Primeiramente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, em 1968 o museu foi transferido para a atual sede na Avenida Paulista.

PROGRAMAÇÃO

10h

Introdução

10h10-12h

Marina Grinover | O projeto do MASP: tradução de um ideário de arquitetura e de cidade

Eduardo Rosetti | MASP: o Museu na trajetória de Lina Bo Bardi

Zeuler R. Lima | Reinventando o vazio

Silvio Oksman | Um olhar contemporâneo para o edifício do MASP

12h15-13h15

Conversa com Lucia Guanaes, Luiza Baldan e Nair Benedicto

14h30-16h

Conversa com Marcelo Ferraz, Marcelo Suzuki e Roberto Rochlitz

16h30-18h30

Guilherme Wisnik | Museus sem aura

Barry Bergdoll | O museu na cidade: de templo a catalisador

Olivia de Oliveira | MASP 1968

INSCRIÇÕES

Os ingressos podem ser retirados duas horas antes do início do seminário, na bilheteria do museu. Para receber o certificado, é necessário o cadastro de e-mail, nome completo e a apresentação de um documento oficial no dia do evento. O certificado será enviado posteriormente para o e-mail cadastrado.

Fonte/Foto: Archdaily e MASP.