SICCAU: corrigidas inconsistências no RRT de Equipe e no boleto de CAT

Prosseguem os trabalhos da equipe técnica do Centro de Serviços Compartilhados do CAU/BR para correções de inconsistências da nova plataforma de RRT dentro do SICCAU.

 

As correções mais recentes foram:

 

  • RRT em Equipe
    O sistema apresentava erro no momento do aceite pelo arquiteto membro da equipe. O problema foi sanado, e o arquiteto já pode aceitar ou rejeitar sua participação. Demais casos devem ser tratados pontualmente através de comunicação com a Central de Atendimento. É importante salientar que devem ser indicados como equipe os demais membros, não sendo necessário a auto indicação.
 
  • Boleto de CAT
    O sistema não estava emitindo boletos de CATs que continham RRTs emitidos na nova plataforma. O  problema foi corrigido.

 

Outras inconsistências não listadas neste informe ainda se encontram em fase de correção, de modo que continuaremos prestando informações acerca de novas atualizações.

 

Em caso de dúvidas, entre em contato a com a Central de Atendimento, que funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h

 

Cliqueno link para entrar no chat

Comunicado SICCAU

📣 COMUNICADO – Informamos que a administração dos serviços prestados no Sistema de Comunicação e Informação do CAU (SICCAU) é de responsabilidade do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR. Estamos cobrando mais informações sobre a previsão de retorno, para que seja o mais breve possível!

📌 Veja abaixo nota emitida pelo CAU/BR na manhã desta quarta-feira (09/09):

“O CAU/BR informa que o funcionamento do SICCAU (Sistema de Informação e Comunicação do CAU) está instável. Nossa equipe técnica está trabalhando para resolver o problema no mais curto prazo possível. Pedimos desculpas.

Em caso de dúvidas, por favor entre em contato com a nossa Central de Atendimento:

– Chat: www.caubr.gov.br/atendimento
– Telefones (das 9 às 19h): 0800-883-0113 (ligações realizadas a partir de telefones fixos) e 4007-2613”

Novidades em RRT: mudanças deixam registro mais fácil e econômico

Com as mudanças, o SICCAU ampliou os serviços prestados em sua nova plataforma

 

Entraram no ar no dia 7 de setembro, dentro do SICCAU, novas funcionalidades para solicitação de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT). São várias as novidades abrangendo facilidades como agrupamento de atividades, economia para registro e isenções de multas.

 

As mudanças marcam a segunda etapa de implementação da nova plataforma do SICCAU. Com nova interface, o ambiente de registro de RRT passou a ser mais interativo. As novas funcionalidades  foram estabelecidas pela Resolução CAU/BR nº 184/2019, que dispõe sobre novas regras para o RRT e para a emissão de CAT-A. Como previsto na Resolução nº 190/2020 a implementação está sendo feita de forma escalonada.  A primeira etapa, em dezembro de 2019, implantou o RRT Social. 

 

É importante ressaltar que a 184/2019 alterou a Resolução CAU/BR Nº 91/2014, que define as regras de RRT, e a Resolução CAU/BR nª 93/2014, que dispõe sobre a emissão de certidões pelos CAU/UF.

Os formulários de RRT Simples, Múltiplo Mensal e Mínimo estão na nova plataforma já com todas as mudanças previstas.

 

Eis uma visão geral das novidades:  

Agora, conheça mais detalhes das alterações, diferenças em relação às regras anteriores e principais vantagens:

 

  1. RRT Simples, Mínimo + Social

 

São duas as principais mudanças:

= Passam a vigorar novas condições de tempestividade (prazo obrigatório para efetivação) do registro, dependendo da atividade realizada. É importante o profissional atentar para este ponto, pois estas regras definem quando o RRT é considerado Extemporâneo (ou seja, fora do prazo legal).

 

Confira abaixo os novos prazos:

= A Resolução trouxe mudanças nos procedimentos de RRT com participação em equipe. Agora o profissional precisará informar quem são os demais arquitetos e urbanistas membros da equipe e corresponsáveis técnicos ao cadastrar o RRT no SICCAU. Os demais membros deverão registrar os seus respectivos RRTs em até 30 dias.

                                   

  1. RRT Simples:

 

= Outra novidade é a possibilidade de agrupamento, no mesmo RRT Simples, da atividade de Coordenação e Compatibilização de Projetos (do Grupo 3)  mais as atividades do Grupo 5 (como assessoria, laudo e consultoria, que fazem parte de Atividades Especiais), do Grupo 1 (Projeto). A classificação dos Grupos obedece a Resolução 21/2012, que dispõe sobre as atividades e atribuições profissionais do arquiteto e urbanista.

 

Em termos práticos, isso significa que o profissional vai ter menos trabalho economizará taxas, não precisando emitir mais de um RRT em determinados casos.

 

Antes o RRT Simples permitia a inclusão de atividades de um único Grupo, agora existe a opção para agrupar determinados Grupos/atividades. Um bom exemplo: geralmente para fazer a regularização de edificações, as Prefeituras exigem projeto e laudo com seus respectivos RRTs. Com essa novidade, o profissional poderá emitir um único RRT contendo ambas as atividades. Mais prático, mais econômico.

 

  1. RRT Múltiplo Mensal:

 

= Com a implementação das novidades trazidas pela Resolução 184/2019 passa a ser permitido incluir  no RRT Múltiplo atividades específicas do Grupo 1 (Projeto) e do Grupo 7 (Engenharia de Segurança do Trabalho),  além daquelas pertencentes ao Grupo 5 (Atividades Especiais), já previstas. Veja detalhes no quadro mais abaixo.

 

Isso significa igualmente um fator de economia para o profissional. As atividades do Grupo 1, por exemplo, englobam diferentes possibilidades de atuação.

 

O RRT Múltiplo Mensal comportará até 100 endereços de obra ou serviço, desde que  no mesmo estado (UF) e para um único contratante; podendo ser editado para inclusão destas informações sem o uso do RRT Retificador até o fim do mesmo mês de realização da(s) atividade(s) declaradas no RRT efetivado no SICCAU.

 

Essa é mais uma mudança facilitadora para o profissional, pois antes ele tinha que fazer um RRT Retificador para incluir novos endereços.

 

Após vencido o mês corrente, o RRT Múltiplo Mensal pode ser alterado com o uso do Retificador. Podem ser objeto do RRT Múltiplo Mensal as atividades listadas no Art. 8, § 2º da nova redação da Resolução nº 91, listadas no quadro abaixo,    porém as do Grupo 7 não podem ser agrupadas no mesmo RRT com as atividades do Grupo 5 e aquelas permitidas do Grupo 1 (Projeto).

4. RRT Mínimo

 

Neste caso, as novidades são decorrentes da Resolução 177/2019, que trata do RRT Mínimo e RRT Retificador e da criação do RRT Social. Compreendem:

 

= Inclusão das atividades do Grupo 5, além das atividades dos grupos 1-Projeto, 2-Execução que já eram permitidas. Trata-se de outro fator de economia para o profissional, que em um único RRT poderá registrar projeto, execução e, por exemplo, laudo. Antes eram necessários dois RRTs.  

 

= O novo limite para o RRT Mínimo são obras de até 70m² de área útil ou área total de intervenção. É apropriado para quem trabalha com pequenos espaços.

 

= A possibilidade de uso, contudo, foi ampliada. Agora é permitido qualquer uso/tipologia (não está mais restrito ao uso residencial). Ou seja, o RRT Mínimo também poderá ser usado, por exemplo, nos casos de projetos para lojas ou clínicas. Enfim, qualquer tipologia, o único limite passa a ser a área. 

 

  1. Outras novidades válidas para todos os tipos de RRT:

 

= O sistema identifica por meio dos dados de preenchimento se o RRT será extemporâneo ou não, sinalizando para o profissional. Assim já será implementada a isenção da multa de 300% no caso de RRT Extemporâneo feito de forma espontânea.  

 

=Com isso, o profissional terá uma economia, pois ao invés de pagar quatro vezes o valor do RRT, no caso do Extemporâneo ele pagará o valor correspondente apenas a dois RRTs. É uma oportunidade para o profissional atualizar seu acervo, registrando o que nunca tinha feito, com um custo menor.

 

= A retificação dos RRTs Simples, Mínimo, Múltiplo Mensal e Social  também será por meio da plataforma nova e haverá o limite de 10 retificações por RRT. Continua não sendo permitida a alteração da modalidade do RRT. Da mesma forma, o profissional deverá incluir justificativa e descrição do motivo da retificação, em campo de preenchimento obrigatório.

 

Ficaram para as próximas etapas de implementação da Resolução 184 as mudanças no RRT Derivado, no RRT de Atividade no Exterior, nas normas de reaprazamento do boleto vencido,  bem como na CAT-A.

 

IMPORTANTE: recomenda-se limpar o cache do navegador, para facilitar o carregamento das novas funções. 

 

Em caso de dúvidas, por favor entre em contato com a nossa Central de Atendimento:

 

Chat: https://www.caubr.gov.br/atendimento

Telefones: 0800-883-0113 (ligações realizadas a partir de telefones fixos) e 4007-2613

Eleições municipais: entidades de Arquitetura e Urbanismo lançam Carta aos Candidatos

o mesmo tempo em que os partidos políticos realizam as convenções para a escolha de seus candidatos nas eleições municipais de 2020, agendadas para novembro, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e demais entidades representantes do setor lançam a “Carta-Aberta à Sociedade e aos (às) Candidatos (as) nas Eleições Municipais de 2020 – Um projeto de cidades pós-pandemia”.

O manifesto foi aprovado na 34ª. Reunião Plenária Ampliada Ordinária do CAU/BR,  reunindo conselheiros federais e presidentes dos CAU/UF, realizada por videoconferência, no dia 28 de agosto de 2020.

O documento é assinado também pelas seguintes entidades coautoras: Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA).

Em linguagem figurada, para representar a realidade de nossas cidades revelada pela epidemia da Covid-19, o manifesto afirma que elas são, em boa parte, “campos minados”, e as moradias, do mesmo modo, se transformaram em “armadilhas”, dependendo de sua localização e condições construtivas e sanitárias.  

Com o objetivo de contribuir para transformar nossas cidades em territórios mais saudáveis, inclusivos, seguros e resilientes, a Carta aponta cinco pontos fundamentais que devem ser focados pelos futuros (as) prefeitos (as) e vereadores (as) com diálogo e vontade política. São eles, em síntese:

[1] Colocar as pessoas no centro das políticas, programas e projetos urbanos de curto, médio e longo prazos, priorizando o bem estar social, em busca ao pleno atendimento ao saneamento ambiental, moradia digna e educação cidadã para todos(as). 

[2] Planejar as políticas urbanas de forma transversal, inclusiva e integrada, mediante programas de Estado que sejam independentes de interesses eleitoreiros e momentâneos e que possam ser implementados por estruturas de gestão com continuidade temporal; 

[3] Viabilizar o financiamento contínuo das políticas urbanas, com recursos de diversas fontes, incluindo-as como prioridade nos planos anuais e plurianuais; 

[4] Buscar a articulação territorial sempre que o orçamento e o alcance municipal não forem auto suficientes; e 

[5] Garantir a participação popular nos processos decisórios por meio do fortalecimento dos Conselhos Municipais e da representatividade e equidade de seus membros, refletindo a maioria feminina nas lideranças comunitárias. 

O documento é complementado por um anexo com 51 proposições de ações relacionadas com Arquitetura e Saúde, Cidades Sustentáveis,  Governança e Financiamento, Paisagem e Patrimônio e Mobilidade e Inclusão.  

Além de ser amplamente divulgada junto à população, pretende-se que  o manifesto seja discutido com os partidos, suas lideranças e os (as) candidatos (as) a vereadores (as) das 5570 cidades do país. 

Você tem três opções para acessar e compartilhar a íntegra da carta-aberta:

  1. Continuar lendo esse texto mais abaixo;
  2. Clicar no link para acessar o arquivo PDF;
  3. Apontar a câmera de seu celular para o QRD da imagem abaixo;
QR Code Carta a Sociedade

 

Carta-aberta à sociedade e aos (às) candidatos(as) nas eleições municipais de 2020 – um projeto de cidades pós-pandemia

Manifesto das instituições de Arquitetura e Urbanismo do Brasil

 

Às vésperas das eleições de 2020 para escolhas de prefeitos(as) e vereadores(as), as 5570 cidades brasileiras, que deveriam ser territórios do fomento ao conhecimento, da produção econômica, do exercício da cidadania e do usufruto da felicidade de seu povo, são em boa parte “campos-minados”.

 A pandemia da Covid-19 escancarou essa triste realidade ao nos impor o refúgio em moradias que, dependendo da localização e condições construtivas e sanitárias, do mesmo modo se transformaram em “armadilhas”.

 A boa gestão municipal depende de um mosaico de saberes de igual importância e complementaridade. Desse conjunto, os(as) arquitetos(as) e urbanistas, incluindo os(as) dedicados(as) à paisagem, são atores fundamentais para diagnosticar problemas, representá-los nos territórios e propor planos com visão integrada.

 Aqui representados pelas instituições signatárias, entendemos ser dever da categoria contribuir com a sociedade e com os(as) candidatos(as) nas eleições municipais de 2020 com apontamentos e orientações técnicas, visando transformar nossas cidades em territórios mais saudáveis, inclusivos, seguros e resilientes para todos(as) os(as) brasileiros (as).

 Para garantirmos a sustentabilidade econômica, ambiental e social, que assegurariam uma sociedade mais fortalecida e preparada para desafios futuros, é fundamental acelerarmos o cumprimento dos objetivos da Agenda 2030 e da Nova Agenda Urbana das Nações Unidas. Grandes avanços podem ser alcançados por meio dos instrumentos previstos em nosso marco regulatório urbano, como a própria Constituição Federal, o Estatuto da Cidade e o Estatuto da Metrópole para diminuir as distâncias entre a cidade real e a cidade ideal. Para tanto, cinco pontos fundamentais devem ser focados com diálogo e vontade política:

 

[1] Colocar as pessoas no centro das políticas, programas e projetos urbanos de curto, médio e longo prazos, priorizando o bem estar social, em busca ao pleno atendimento ao saneamento ambiental, moradia digna e educação cidadã para todos(as).

 [2] Planejar as políticas urbanas de forma transversal, inclusiva e integrada, mediante programas de Estado que sejam independentes de interesses eleitoreiros e momentâneos e que possam ser implementados por estruturas de gestão com continuidade temporal. Tais políticas devem ser sustentadas por um sistema de informação transparente, baseado em cadastros integrados, georreferenciados e com dados de diversas naturezas;

 [3] Viabilizar o financiamento contínuo das políticas urbanas, com recursos de diversas fontes, incluindo-as como prioridade nos planos anuais e plurianuais;

 [4] Buscar a articulação territorial sempre que o orçamento e o alcance municipal não forem auto suficientes. Os consórcios intermunicipais devem ser considerados como uma alternativa para viabilizar o acesso a fundos públicos e otimizar recursos financeiros e humanos. Pode-se aqui fazer um paralelo e aprender com a resistência, governança e a mobilização das comunidades e territórios vulneráveis durante a pandemia; e

 [5] Garantir a participação popular nos processos decisórios por meio do fortalecimento dos Conselhos Municipais e da representatividade e equidade de seus membros, refletindo a maioria feminina nas lideranças comunitárias. Um plano de gestão eficiente deve contemplar forças de Estado, da iniciativa privada, das organizações sociais e da sociedade em geral.

Estes princípios de boa governança municipal foram construídos a partir de debates no ciclo de “lives” denominado “Novas Cidades 2021”. Os temas foram abordados transversalmente por arquitetos(as) e urbanistas, técnicos(as) especialistas, representantes comunitários(as) e políticos(as) de diferentes vieses.

Realizado em julho de 2020, o ciclo impactou mais de dois milhões de pessoas e teve os seguintes eixos:

 

  • Arquitetura e Saúde: O papel dos arquitetos e urbanistas como promotores da saúde pública nas cidades;
  • Cidades Sustentáveis: Urbanismo e meio ambiente: como reinventar as cidades no pós-pandemia?;
  • Governança e Financiamento: Cidades não se fazem de improviso. Como torná-las menos desiguais?;
  • Paisagem e Patrimônio: Qualidade de vida nas cidades: paisagens e história; e
  • Mobilidade e Inclusão: Circulando pela cidade: novas dimensões da mobilidade urbana.

 

Outro ponto de partida foi a Carta “Nossas Cidades pedem Socorro”, lançada nas eleições de 2018, onde alertamos para um cenário já instaurado de desigualdades territoriais, econômicas e injustiças sociais.

Esse contexto, somado às crises climática, econômica e sanitária, amplifica o despreparo de nossa sociedade para perpassar por situações de instabilidade como demonstrado na pandemia da Covid-19.

Nossa contribuição técnica deve ser consolidada nas áreas relacionadas ao planejamento urbano e à assistência técnica para melhorias habitacionais e por meio de concursos públicos de projeto, como garantia da qualidade do ambiente construído e dos espaços coletivos.

 À vista disso, solicitamos a adesão da sociedade e dos(as) candidatos(as) à pauta proposta nesta Carta, nos colocando à disposição para colaborar no “desarme” dos riscos que rondam as cidades brasileiras.

 Brasília, 28 de agosto de 2020

 

Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR)
Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP)
Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA)
Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA)
Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA)
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)
Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA)

 

Clique no link para acessar o anexo com 51 proposições;

Assista aos vídeos e acesse as resenhas das ‘lives’ do ciclo “Novas Cidades 2021”

Atendimento CAU/RR

Respeitando todos os cuidados determinados pelo Ministério da Saúde, voltaremos a atender, presencialmente, nesta segunda-feira 31 de agosto, apenas para o serviço de coleta de biometria mediante AGENDAMENTO VIA TELEFONE.
Para agendamento ligue para o número: 3224-2967

A Construção Civil e a Pandemia

Instagram @niksondias
imagem do instagram @niksondias

Aprendi com Dona Neide Selma – Economista da PUC/GO – nas horas vagas MAMÃE, que a economia é cíclica, pois bem, se assim o é, acreditando ser, notório visto, passamos as análises dos últimos acontecimentos. Ao analisar a vida pregressa econômica do nosso país, percebemos em forma de gráficos uma sequência de ondas, ascendentes e descendentes, picos e depressões sequenciais, como que nunca pudesse sempre crescer tampouco sempre descer, sempre buscando uma estabilidade, uma média, por assim dizer.

Bom, investir no pico é fácil, otimismo carregado de euforia, porém com todos acreditando, mão de obra abundante e cara, matéria prima disponível, alta de preços, concorrência começa a saturar levando todos a decréscimos, em contraponto, enquanto tudo vai de mau a pior, quando o gráfico atinge sua maior depressão, temos queda de preços de insumos e serviços, maior oferta de mão de obra e oportunidades que não surgem durante o otimismo do pico máximo.

Na frieza da racionalidade capitalista, investir na depressão é de fato o mais rentável dos desafios, riscos altos que implicam em rentabilidade maior, investir na construção civil durante a crise é contratar mais por menos, comprar barato e vender melhor, afinal a obra ficará concluída na retomada da economia quando o credito se reestabelece, o índice de confiança sobe e o produto precisa estar disponível para o consumo.

A Construção Civil é a indústria que mais cresce e emprega no Brasil, apesar da Agropecuária segurar nossa balança comercial, essa não emprega como as Construção Civil. Fato é, que os principais créditos carreados de incentivos são os imobiliários (vide CAIXA e BB), sempre que qualquer governo precisa alavancar ou resgatar a economia, pacotes imobiliários são lançados (exemplo: Minha Casa Minha Vida). Se deseja construir e reformar, a hora é agora, enquanto a desconfiança paira, mão de obra barata e disponível, indústria reduzindo margens para sobreviver e mercado se preparando para sair da crise pós pandemia, esteja preparado e com produto na mão #ficaadica.

Nikson DiasArquiteto e Urbanista

QUARENTENA EM DOIS MUNDOS

Por Jorge Romano Netto

Arq. Jorge Romano Netto, Presidente do CAU/RR.
Arq. Jorge Romano Netto, Presidente do CAU/RR.

Muito se fala que depois da covid-19, a humanidade não será mais a mesma. Será? Pelo que estamos vendo, parece que ela está se mostrando a mesma.

Este é um tempo especial, no qual precisamos de serenidade, de esperança, de conforto, de consolo diante de uma doença tão devastadora. Precisávamos de um momento para refletir o tempo que estávamos e ainda estamos vivendo. Um tempo de velocidade, com uma avalanche quase incontrolável de informações. Precisávamos também de um momento, para desacelerar. O COVID=19 veio nos proporcionar essa oportunidade.

Ao mesmo tempo em que paramos e refletimos, vemos que o vírus desnudou, ou melhor, que ele colocou, de forma clara, diante dos nossos olhos a realidade que “teimamos em não ver”.

E o que vemos? Politização do vírus. Parece até que ele virou partido, exploração da doença, para desvios de verbas, superfaturamento de remédios, equipamentos e aparelhos de vital importância para salvar vidas. E o que precisamos num tempo como esse, é união, juntar esforços, para lutar contra um inimigo comum.

É esquisito o clima macabro e desolador mostrado por todas as mídias. Quanto a isso, nada de novo, elas continuam as mesmas, pois as pessoas por trás delas, continuam e vão continuar as mesmas. Na realidade, o que precisávamos de fato, era uma campanha de conscientização que nos trouxesse esperança. Ao contrário, assistimos a todo momento, contagem de mortos, covas escavadas aos milhares e anuncio aquisição de caixões. Um clima de terror, atingindo a parte psicológica das pessoas que estão trancafiadas em suas casas.

Bom, alguns tem casa, outros tem um espaço precário, insalubre, insuficiente para o número de pessoas que “habitam” ali. Juntando baixa estima, escassez, falta de trabalho, falta de perspectiva e com as esperanças demolidas, essas pessoas perdem a imunidade e ficam mais suscetível às doenças.

  O COVID-19 esfregou em nossa cara essa realidade. Também revela que “somos os mesmos e vivemos como os nossos pais” (Bechior).  Mesmo em tempos de pandemia, continuamos (como humanidade) a explorar as situações de calamidade para interesses pessoais.

Nós, como individuo, precisamos pensar sobre esse tempo e aplicar nossos valores morais, espirituais, profissionais e técnicos, assim como os nossos dons e talentos. Temos nossas casas confortáveis, bem iluminada, ventilada, equipada com vários eletrodomésticos, internet, tv fechada, com opções de lazer… ouvimos dizer que a casa é a melhor vacina contra o COVID-19. Para esse mundo com as características citadas. No entanto, precisamos enxergar o outro, aquele que vive no mundo, mas numa realidade completamente diferente.

Ficou muito mais evidente, que temos dois mundos superpostos e paralelos. Um dispõe de infraestrutura de primeiro mundo em contraste com o outro que não dispõe de nada. As habitações do segundo, contrastam com as do primeiro. São denominadas subnormais, sem água, saneamento básico, sem energia e muito menos internet. A única opção, quando tem, é uma tv aberta bombardeando a mente de pessoas que já estão com sua autoestima no chão ainda por cima, assistem atônitas as imagens de covas para terminar de enterrar seus sonhos e se enterrar nelas. Ai questionamos: como podemos dizer que esses tipos de “casas” são vacinas contra o CORONA VIRUS? ou são o lugar de ideal para a proliferação do vírus? Se nossa premissa for a de que quanto mais gente infectada, mais rápido atravessamos a pandemia podemos afirmar que sim, é a vacina. Mas antes de tudo, é o lugar propicio a infecção coletiva.

 Diante disso, qual a nossa ação em relação aos nossos semelhantes? E como profissional da arquitetura, o que podemos fazer em um momento como este? Como podemos nos dispor a ajudar a sociedade, na qual vivemos, a atravessar essa pandemia?

Precisamos de respostas urgentes, porém as ações exclusivas na área da arquitetura e construção não são imediatas. Além do mais, estamos caminhando às cegas. Não sabemos quanto tempo vai durar essa situação. Voamos tateando, tentando achar a saída através das tentativas e erros. Um voo no escuro, pois sabemos muito pouco sobre a doença. Não podemos esquecer quem somos. Fomos formados e treinados para pensar e apresentar soluções.

Sabemos também que somos parte de um grupo multidisciplinar que pensa e trabalha juntos para viabilizar as nossas propostas, por isso a construção da solução é uma obra coletiva que envolve outras profissões.

Estamos diante de um grande desafio. Está em nossas mãos, a possibilidade de promover pelas nossas atribuições e ações, qualidade de vida aos dois mundos citados acima, para que eles se tornem um só, mais justo e mais harmônico. Precisamos dar mais atenção a ATHISAssistência Técnica em Habitações de Interesse Social, para que o segundo mundo esquecido pelo poder público e visto pela maioria dos profissionais como composto por cidadãos de segunda categoria, se torne um nicho de mercado de trabalho e desfrute de qualidade habitacional.

Um discípulo pediu ao seu mestre: Por favos diga-me uma frase que que eu possa usar em qualquer circunstância, para meu consolo. Ao que o sábio respondeu: “TUDO TAMBÉM PASSA. Sua maior dor passa, sua maior tristeza passa, assim como sua maior alegria, também passa”. O CAU-RR–  Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima, vem trazer uma mensagem de esperança para esse momento. É repetir a frase do mestre: “TUDO TAMBÉM PASSA”. E quando passar, estaremos preparados para apertamos as mãos, abraçarmos quando necessário para restabelecermos nossos vínculos. Nosso Estado e nossa cidade terá à sua disposição mais de duzentos arquitetos urbanistas, para transformar seus espaços e suas casas em um verdadeiro lar propicio para termos saúde física, mental, social e psicológica.

Durante a quarentena, estes arquitetos discutiram sobre Plano diretos para termos uma cidade mais justa e desenvolvida, fizeram debates e cursos sobre contratos, sobre meio ambiente, sobre a importância da arquitetura, da casa a cidade, do conforto, da acústica, materiais de construções, móveis, etc. Se prepararam para quando terminar a quarentena, pode servir mais e melhor a nossa sociedade.

Serão novos hábitos, novas manias, mas não podemos esquecer que precisamos uns dos outros, que precisamos da empatia necessária para vivermos em harmonia. Precisamos valorizar a vida em todos os seus aspectos. Para isso tivemos uma formação ampla que atinge várias áreas do conhecimento. Precisamos ser os mesmos, mas com visão diferente.

Arq. Jorge Romano Netto, Presidente do CAU/RR.

 

Boa Vista 25 de Maio de 2020