Seminário vai discutir soluções para acabar com crescimento desordenado de cidades do Estado

 

 

O evento será dia 29/05, às 14h, Auditório do Pronat da UFRR

 

Boa Vista/RR – Debater, identificar e encontrar soluções conjuntas para transformar as cidades roraimenses em ambientes e espaços adequados. É com esse objetivo que nasce o I Seminário Rede Roraima Urbano 20-40. A iniciativa continua as ações discutidas na terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III, ocorrida em outubro de 2016, em Quito – Equador. O Evento está programado para o dia 29/05, às 14h, no auditório do Pronat da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

 

Um dos fatores que prejudica o desenvolvimento das cidades é a expansão urbana desordenada e que levam a outros agravantes, como por exemplo, moradores de baixa renda a ocupar áreas de proteção ambiental, beira de rios e córregos, distantes e inapropriadas, muitas vezes provocando danos ao meio ambiente e diversos transtornos à comunidade instalada.

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima (CAU-RR) traz à discussão a promoção da cidade para todos, envolvendo a sociedade, prefeituras e governo no pacto pela qualidade das cidades, para que, até 2020, seja implementada as melhorias necessárias para os próximos 20 anos, ou seja, 2040. Para o evento foram convidados todos os prefeitos de Roraima, instituições públicas e privadas do segmento. A programação tem apoio e co-relização do Departamento do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRR.

 

Outros agravantes, segundo o presidente do CAU/RR, Pedro Hees, são os programas habitacionais inadequados e desconectados com a malha urbana atual, sem atentar para a infraestrutura existente, deslocam a população para áreas longínquas desprovidas de equipamentos de educação, saúde, cultura, lazer, além de prejudicarem a mobilidade urbana.

 

“A Rede Roraima Urbano 20-40 quer envolver o cidadão neste processo que é a peça fundamental para a construção dessa rede. Queremos uma discussão contínua para ouvir as reinvindicações, implementar a gestão democrática e desenvolver planos, projetos e ações”, defendeu Hees.

 

A capital Boa Vista – A cidade de Boa Vista se insere no conjunto dos fatores a serem discutidos e trabalhados de forma integrada para a melhor gestão. Os gestores devem se atentar ao crescimento e desenvolvimento adequado, de acordo com as especificidades regionais e locais, o que ora pode ser constatado com a implantações de algumas ações, como por exemplo, as ciclovias e saneamento básico.

 

Hees ressalta que o planejamento urbano elaborado de forma coerente não é tarefa técnica. Antes de tudo, vitais da vontade política, participação comunitária e visão integradora de cultura cidadã. A partir desses princípios se estabelece a agenda política sustentada por conhecimentos técnicos multidisciplinares.

 

“Na visão do todo é fundamental no contexto de um projeto de Cidade Sustentável, na antecipação dos problemas econômicos e sociais, e aqueles à longo prazo”, disse Hees.

 

Na nova visão da agenda urbana, as políticas públicas devem atender os anseios da comunidade e pensar no futuro transformador com governança urbana e planejamento de vanguarda. Nesse contexto o monitoramento cidadão perseverante e contínuo se faz necessário na busca no novo horizonte discutido no Habit III.

 

A Rede Urbana no Brasil – O processo de desmantelamento do planejamento urbano vem ocorrendo no Brasil nas últimas décadas em todas as esferas administrativas: Federal; Estadual e Municipal. Em 2016 foi constatado que 85% da população brasileira vive na cidade e, por isso, é necessário atentar para as práticas em planejamento urbano ou falta delas, que criam cenários inadequados para o desenvolvimento econômico e social nas cidades.

 

Com as diversidades socioeconômicas, encontram-se características comuns nos núcleos urbanos no país, como: Os crescentes problemas de mobilidade devido ao incentivo na utilização de veículos particulares em detrimento do transporte público; a Falta de infraestrutura básica, como fornecimento de água e rede de esgoto, remoção de resíduos sólidos e coletas seletivas nas periferias dos centros urbanos; a perda da importância e da valorização de espaços públicos como área de convívio e dos centros históricos cada vez mais desvalorizados.

 

 

2 respostas para “Seminário vai discutir soluções para acabar com crescimento desordenado de cidades do Estado”

  1. Voces deveriam convidar a União Brasileira de Municípios (UBAM) para apresentar seus projetos implementados nos municípios.

    Eles estão formando consórcios e instalando usinas para tratamento e reciclagem do lixo, acabando com os lixões.

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